quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Macumbas&Maioneses - parte 1


(Trilha sonora da postagem:
* "Um certo alguém" - Lulu Santos
* "Veneno de Escorpião" - Edu & Maraial
* "Die Walküre" - Richard Wagner)

Depois de um péssimo dia, primeira noite na cidade, nada mais justo que fizesse o circuito dos bares, tomasse uma cerveja em cada um deles e tentasse de todas as formas me embriagar. Estava me sentindo o mais completo e perfeito cagalhão e a cada bar e a cada cerveja, me sentia completo e perfeito cagalhão anestesiado. Até que deu vontade de mijar enquanto saía de um quiosque coberto de palha na beira do rio. Achei uma área escura no fundo do que parecia ser um depósito de couro fedido. Ou era um shopping, não lembro mais. O que importa é que descobri um beco que cortava um quarteirão e que era um belo atalho. E importa também que no meio do beco tinha outro bar e que pedi outra cerveja. Foi então que aconteceu. Ela estava sentada na mesa ao lado, bebendo com uma amiga.

Quando o destino é possuído por uma idéia fixa as coisas acontecem na velocidade de um trem desgovernado serra abaixo. Em poucos minutos estava sentado na mesa delas, bebendo às custas delas e tentando compensar fazendo-as rir. Estava indo bem. Beijá-la não foi muito difícil. Trocarmos os números de telefone também não. Acabar a noite completamente bêbado, menos ainda. No outro dia mal lembrava do rosto dela. Depois eu soube que no outro dia ela não lembrava em absoluto de nada de mim, muito menos meu rosto. Foi um ótimo começo.

...

No outro dia digitei o número e combinamos de nos encontrar numa quinta-feira. Numa praça. Quando vi já era quinta-feira. Tomei um banho decente, escovei os dentes e botei minha melhor roupa. Estava atendendo uma ligação quando fui interrompido por uma menininha dizendo que tinha uma moça que queria falar comigo. Ela era. E como era gostosa, puta que o pariu! Peguei na mão daquilo tudo e fui num bar onde uma amiga estava esperando. A tal amiga falava alto pra cacete e segundo constava, ainda não tinha bebido muito. Tratei de entornar uma atrás da outra enquanto era informado de que dali iríamos para um outro lugar, o Bar do Zaroio. Tinha videokê e caldo de ervilhas lá. E uma pimenta muito boa. Sequei o que tinha que ser secado e fomos para o Bar do Zaroio.



Bacana. Tinha um reservado no fundo do Bar, coberto por uma cortina de pano que disfarçava a porta, cheio de sofás, algumas mesinhas com cadeiras de ferro e a máquina de videokê. Em cima de uma das mesinhas um enorme encebado catálogo com o código das músicas. Nem folheei. Minha vida já estava suficientemente ridícula nos últimos dias para acrescentar mais aqui. As meninas (a essas alturas já tinha chegado mais uma amiga) mandaram ver. Eu mandei ver nas cervejas e no caldo de ervilhas com pimenta. Realmente a pimenta era muito boa. Um completo e perfeito e ardente cagalhão.

Não lembro ao certo como fomos embora, mas tenho vívida na memória a cena em que uma das amigas dela - quantas eram então? - me pegou pelo pescoço, me prensou contra a parede e quase me matou de susto e asfixia. Era uma negona enorme, com um vozeirão enorme, que não nada de eu ter perguntado se ela era gay. Na manhã seguinte não sabia o que doía mais, a cabeça ou o pescoço. Minto. Sabia sim, o pior não eram essas dores, mas cú ardendo por conta da pimenta, na hora que dei meu consagrador cagão matinal.
...


(continua...)

2 comentários:

  1. so o que posso dizer e que foi uma noite realmente emocionantedo fundo do cagalhao
    digo do coraçao

    abraço hobbit jardel

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  2. o que pinta de novo na tela do povo

    somos nos de novo


    hobbit

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